quinta-feira, 31 de maio de 2012

Silencio-me



Folhas que elevam
Os sonhos para o alto
Folhas matizadas
De cores quentes e fortes
Folhas que alegram a vista
Que se embalam pela brisa
Onde se escuta até o barulho do silêncio
Neste cenário imaginário
Criado do desejo de alegrar a vida
Silencio-me...  


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Vento que embala o dia



Vento que embala o dia
Que movimenta a vida
Vento que modela o espírito
Que destrói construções
Vento que corre o mundo
Que dar som ao silêncio
Vento que enrijece os fortes
Que enfrentam a vida
Vento, veenntooo, veenntooo...
Vai, percorre o tempo
Leva a tristeza
Apresenta alegria
Ao povo que chora...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mulher

Mulher é guerreira
É força que move o mundo
Veste-se de delicadeza
Arma-se de sabedoria
Dizem que não domina o mundo
Que o mundo é machista...
Mas, com sua sutileza
Cria o seu próprio mundo
Aí, com áurea feminina
Domina o homem

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Seca verde



Nos braços dos homens
O desestimulo para o trabalho
Nos olhos que não se vê
O opaco cansaço de lutas diárias
O Sol que brilha forte
Envelhece precocemente o homem
Torra o chão, seca a água
A pouca chuva que vem
Transforma a caatinga cinza
Mas, não garante a boa colheita
A seca é verde
Poderosos, políticos, ricos...
Poderiam mudar este cenário
Tecnologia se tem
Boa vontade, esta falta!

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho - Década de 1980)

domingo, 27 de maio de 2012

"Mãozinha de Samambaia"


"_ Ei, menino! Divide este chocolate com seu irmão!
_ Eu! Eu, não!
_ Menino! Dá um pouco de seus brinquedos para o outro que não tem com quer brincar!
_ Eu! Eu, não!  
_ Aprende a dividir o que tem! Aprende a dá o que tem sobrando! Aprende a compartilhar!
_ Eu! Eu, não! Se eu dou, não mais terei!
_ Tem jeito não! Esse menino é Mãozinha de Samambaia, mesmo!!!  Não entende que o que ele pensa que é dele, não é! "

As coisas no mundo foram feitas para circular. A fortuna deve ser bem administrada para gerar felicidade de muitos. Ter riqueza hoje, não significa ser eterno rico. Felicidade verdadeira não é ter mas, ser!  


(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Foto: Sylvia Andréa Coelho Paiva)


Viver

Sandra Maria de Aguiar Coelho
Abrir o olhar
Fechado 
Que nada vê
Viver...
Deixar o sorriso 
Preso n'alma 
Extravasar  
Sentir a brisa
Que molda os cabelos...
Afrouxar um sorriso tranquilo
Deixar a lágrima lavar o coração
Sentir uma saudade calma
E a tristeza se esvair...
Viver!

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Rubiaceae escaldante

Acordar mais tarde
Despertar o dia
Devagar... bem devagar...
Brincar com as crias
Escorrer do corpo
O cansaço semanal
Aos poucos as coisas se normalizam
Tudo isto ao sabor
De uma rubiaceae escaldante!
Maravilha! 

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


sábado, 26 de maio de 2012

Propagação do bom e do belo




A vida traz responsabilidades
Uma delas é a propagação
Do bom e do belo
Fazer o melhor que se pode
Dar o melhor que se tem
Transformar lamentos, lamurias, dores e ódios 
Em felicidade, alegrias, risos e amores
Não é fácil! Mas, quem disse que viver é fácil?!?
Não basta só respirar o ar
É necessário ir além disto
É necessário compartilhar 
A vida, a esperança, o conhecimento.


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


Luz



Luz que alimenta a alma
Luz que fortalece a vida
E que vai muito além 
Desta existência 
Força que invade o corpo
Ilumina a todos
Banha de esperança
Aqueles que sofrem e choram
Mostra o caminho
E o verdadeiro significado da vida


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


  

A Mulher

Em meio de riscos e rabisco
O pensamento desmaterializa
Mãos traçam retas, curvas
Surge a imagem
Mulher dividida
Entre sombra e luz
Força que vence desafios
Mulher delicada 
Olhar distante
Para na distância se encontrar...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rosa misteriosa

A vida
É uma rosa 
Misteriosa
Num dia ri
Noutro chora
Tornar
A rosa misteriosa
Sempre airosa
É um desafio
Que nos faz crescer
Em cada derrota
A cada vitória


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Segue em direção ao Sol

Tronco forte
Haste flexível
Vida que toma rumo
Que ora chora, ora ri...
Ao balanço da brisa
Não visualiza
O tempo passar...
Segue em direção ao Sol
Sem pensar.


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Lua

Lua cheia
Ufana sabedoria
Alegria que sacode 
Os sentimentos
Sagas, tu és
Abrangendo a todos
Como verdadeira naja tentadora
Deixando rasgado
Arrasados corações...   


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Essência do homem


O homem brota da Terra
Sua essência é terra
Suporta fortes emoções, grandes paixões
Materialista, sofre ilusões
Mas, há de chegar o dia
Que só irradiará alegrias!  

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)







domingo, 20 de maio de 2012

Leme da vida



Rotas são traçadas
Planos são feitos
Mas, quando se chega à estrada
Os caminhos são tantos...
O caminhar se torna difícil
As indecisões se fazem presentes!
Bastam segundos para se perder
O rumo da vida...
Quando a ventania se forma
A direção dos planos traçadas
Ficam adormecidos n’alma...
Cegamos! Iludimos! Alucinamos!
Chega então, a agonia, aflição, o tormento...
Mas, a dor traz lembranças
O despertar é quase imediato!
Acende a esperança
E seguramos, novamente,
O leme da nossa vida... 

(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Delta do Parnaíba/Parnaíba/PI/Brasil) 

A espera


O Sol já sumiu no horizonte
E a noite chegou...
O mar é cheio de mistérios
O céu tem cheiro de encantos...
A Lua olha o mar
E na busca de se fazer notar
Reflete seu brilho na escuridão
A Lua tem paixão 
Pelas ondas do mar
Todas as noites ela o observa
Hipnotizada
E ver
O vai e vem 
Das ondas do mar...
A onda do mar é livre
Como é livre o gostar...
O mar deita com as pedras
Beija a areia
Tem relações com o ar...
A Lua sabe, ver, sente e entende
O medo do mar - de amar
Mas, não pode deixar de gostar...
... a espera é uma semente (ilusão?!?!)
que a Lua plantou no seu coração!

(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho, década de 80; Foto: Sônia Maria de Aguiar Coelho, Praia do Canto Verde/Ce/Br)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manguezal, Mangue, Mangal



Manguezal, Mangue, Mangal
Tudo igual
Tudo berçário natural da vida
Local propício para reprodução
De aves, animais e vegetais
Que se faz entre mares
Mar que invade o rio
Rio que invade o mar
Da briga diária trazem
O movimento da natureza
Das águas salgadas 
Das águas salobras
As vezes mais doce
Surgem peculiares vidas
Odores fortes exalam
Decomposição orgânica
Base de alimento que dá existência
Para vegetais, peixes, caranguejos, aves...
Mangue-vermelho, Mangue-branco, Mangue-preto
Raízes aéreas, raízes fixas
Pátria da biodiversidade
Que alimenta o próprio homem
Que teima em destruí-lo
Mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos
Golfinho, peixe-boi, sagui
Bem-te-vi, carcará, garça
Guará-vermelho, gavião 
Robalo, garoupa, manjuba, sardinha
Camaleão, cobra, tartaruga, lagarto
Aranha, camarão, caranguejo, minhoca, mosca, mosquito
E mais tantos outros
Que ameaçam não mais existir
Por ganância, incompetência, desrespeito humano
Mas, ainda temos mangues
Ainda temos esperança!
Atividades sem causar prejuízo
Começam a existir
Exemplo é o turismo ecológico
Nas águas do Piauí
Outros modelos de preservações se têm
Pesca artesanal, aproveitamento de madeira reflorestada
Criação de abelhas, cultivo de plantas ornamentais
Soluções simples brotam
Para preservar a vida 


(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho)
(Local da Foto: Delta do Parnaíba - Parnaíba/Pi/Brasil)  

domingo, 13 de maio de 2012

Flor em leque

E repentinamente
A vida se fez
No caminho
A flor em leque 
Se abre 
Para a vida
No espaço 
E sem tempo marcado
O silêncio
No infinito 
Um encontro
Predestinado  


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 

sábado, 12 de maio de 2012

Saudades


Braços que acolhe
Colo que abriga
Olhos que falam
O silencio que responde
Sem nada dizer
Diz tudo, orienta, mas não decide por nós
Só um pequeno detalhe
No canto de boca
Aprova ou reprova
Nossas escolhas
Mas, nem todos percebem
Só quem a conhece...
Iluminada! Além do seu tempo
E por todo o tempo
Faz-se presente em cada um de nós!
Saudades, muitas saudades... 

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Fertilidade das cinzas

Hoje
O passado
Morreu...
Deixou
Cinzas
Algo
Triste
Mas, com uma
Sensação
De fertilidade

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Início de 1981)

domingo, 6 de maio de 2012

Ao apreciar o dia



Nas águas doces e tranquilas
A vida corre macia
Saboreia-se o tempo passar
Nada se agarra
Os sofrimentos se deixa correr
Pois, a brisa suave leva
Mesmo que devagar
Tristes, aflições e dores  
Para bem longe...
Resta somente paz e alegria
Ao apreciar o dia

(Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Açude da Prata, Acaraú/Ceará/Brasil) 
  

Cavalgando pelo mundo



Cavalgando pelo mundo
Em marcha lenta
O tempo não é problema
A leve brisa que chega
Toca no coração
No silencio
Cavalgando pelo mundo
Conhecendo de perto
Os caminhos, os meandros, as vielas...
As paisagens ao longe se fazem presentes
Aos poucos tudo se encontra
Aos poucos tudo se revela
Aos poucos a vida se torna viva
Cavalgando pelo mundo
Devagar, bem devagar
O tempo não é problema....


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 



.

No balanço do mar


No balanço do mar
Ao vento dará
Deixo me levar
E junto vão os pensamentos
E a terra firme, que fica para trás...
Neste momento
Sentir a brisa, o sol e a maresia
Tocando na pele
Aquece a alma
Refrigera as dores e as saudades
... e assim, o navio da vida
Vai seguindo em frente
Levando as vidas, levando os sonhos
Deixando experiências, amadurecimentos
Com esperança do amanhã ser melhor...


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Suspende tudo


Perdido na estrada
Escondido de tudo
Esvazia o pensamento
E deixa o verde passar
O tempo engole a estrada
A música faz companhia
Até encontrar o intimo d’alma
Suspende tudo
Aprecia a natureza
Mar, planta, aves
Ultrapassa o agonizo
Se re-encontra
O perdido se faz achado
No mergulho, no mar
Aí, a paz se instala


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 







Camocim, amo sim!




Camocim!!! Amo, Sim!!!!

(Fotos: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Camocim/CE/BR- 2012)

Criatividade e respeito a natureza



Deveria o ser humano,
Sempre exercer sua criatividade
Para boas coisas fazer
Sem agredir a natureza
Assim, pode-se viver
Em paz, com toda certeza
Preservando a beleza
Bom exemplo tem e se vê
Mesmo em beira de estradas
Onde do peixe que serve de alimento
Até as escamas é bem aproveitada
Em belos lustres que enfeitam
Iluminando a esperança 
De encontrar caminhos 
Para o equilibrio e a felicidade
Da humanidade
... mas, pensando melhor
Bom mesmo seria
Que toda gente
Pudesse aproveitar e respeitar
Apenas a beleza
Do peixinho nadando no mar!


(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Lustre em um restaurante onde se serve execelente alimento; Acaraú/CE/Brasil; 2012)



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Árvore Cabelo Penteado

Sandra Maria de Aguiar Coelho


Ao sabor das brisas marítimas
A tamarindeira se inclina
Ao vento
Se deixa pentear
Suas folhas seguem o caminho das aragens
Deixando-se dobrar
O vento, o sal pode queimar suas folhas
Mas vive
Transformando sua estrutura    
Linda, atraente e exótica
Fascina, de longe, quem a vê

A natureza muitas vezes é exemplo para a vida
De que adianta ir de encontro a uma tempestade?
Assim, se fere o corpo, o coração e alma
Algumas vezes, melhor é deixar-se levar pelos ventos
N’outras vezes, melhor é ficar longe deles
A natureza ensina
Mas, a escolha é humana 

(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Árvore "Cabelo Penteado, Estrada PI-116, próximo a Praia do Arrombado - PI, Brasil) 

Pausa necessária



Solidão
Lá não existe
Há paz
Que transborda d’alma
Invade o espaço
Do rio que chega ao mar
E do mar que invade o rio
Ao vento,
Mergulha-se na serenidade
E os dois barcos vazios
Balançam nas calmas ondas que se formam
Não é solidão
É quietação
Pausa necessária para a vida


(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Delta do Parnaíba/PI/Brasil - 2012)