sábado, 30 de junho de 2012

Chora minha tristeza


Chora minha tristeza
Lava minha alma
Leva minha dor
Leva minha saudade
Diz a ela que o quanto permanece em mim
Sua alegria pelas cores, flores e vida
Chora a minha tristeza de egoísmo
Pois, não a tenho aqui
Chora minha tristeza
Alivia minha alma
Abranda minha dor
Suaviza minha saudade
Banha minha alma
Rega meu rosto
Com o sorriso dela
Fortifica minhas esperanças
Tranquiliza meus passos
Revigora e apluma minha vida


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)






Depois das chuvas



No ar, só o barulho do silêncio
No chão, o acumulo das águas
No espaço, o cheiro da terra molhada
No cenário, árvores que se alegram
E balançam suas folhas
Numa dança majestosa...
Depois das chuvas
A água derrama esperança
A natureza se veste de alegrias
As cores se espalham
A promessa está garantida
Há certeza de vida!  

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)








quinta-feira, 28 de junho de 2012

As vidas se cruzam em valsas



As vidas se misturam nas curvas
Ao vento se embalam
E ao som, dançam...
Ultrapassam os limites do real
Invadem o campo dos sonhos
As vidas se multiplicam em cores
Promessas se fazem aos amores
As vidas se cruzam em valsas
Bailam felizes nas transparências
Que a própria existência impõe  
Nas curvas, as vidas 
Exalam esperanças...  

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Há de chegar o dia...




Há quem se esconda
Por trás de palavras doces
Há quem viva na sombra
E conviva com sorrisos rudes
Há quem remende a vida
E insista em não querer ver
A falsidade de alguns
Há quem chore as dores do mundo
Há gente de todas as formas
Há gente de todas as maneiras
Doces, rudes, inocentes
Falsas, iludidas, sensíveis...
Basta andar com olhos abertos
Para perceber tudo e todos
Pessoas são diferentes
Possui distintos graus evolutivos
E em sociedade, encontra
A diversidade necessária
Para sua aprendizagem
E seu desenvolvimento
Há de chegar o dia
Que a escuridão deixará de existir
E a luz das verdades iluminará o mundo    

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)












terça-feira, 26 de junho de 2012

Boa Noite


Que a noite venha perfumada
Com o aroma das rosas
E lhe encante
Que seus sonhos
Sejam embalados
Pelas cores, sorrisos e pelos amores
Que o repouso do corpo
Seja rejuvenescedor
E o amanhecer
Venha de mansinho
Abraçando a vida
Beijando o dia

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

domingo, 24 de junho de 2012

Desejo

Que venha a mim
Todas as cores
Todas as flores
Toda a vida


Que fique em mim
Toda a esperança
Todo o bom e o bem 
Do mundo


Que permaneça em todos
Tudo o que desejo para mim
E que a luz divina impregne
A humanidade de amor 



(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Enfrentamento

Boca fechada
Ouvidos atentos
Visão aguçada
Pernas ligeiras
Correr contra o tempo
Quebrar barreiras
Pular obstáculos
Vencer!

Move-se o mundo
Gira num intenso turbilhão
Problemas, confusões, desesperos
Crise de todos os lados
Dor, angustia, solidão
E o povo mergulha
Despercebido no agito

Corre o mundo
Passa o tempo
Resolve-se problemas
Alenta-se a dor
Acaba-se o desespero
Alívio!

Ao vencer obstáculos
O crescimento pessoal se faz
Com o enfrentamento dos problemas da vida
O crescimento é pessoal mas, o exemplo é coletivo
Cresce então, a fé, a esperança na sociedade
Vislumbra-se um futuro melhor

O homem move-se em sociedade
E a fé ilumina seus caminhos


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


























A dor


A dor chega
No momento 
De calmaria
Vezes vêm de mansinho
Noutras a violência é tamanha
Que nos tira o chão
Gira o mundo
Roda a vida...
Mas, qual o sentido da dor?
Dor é sintoma
Ela vem para dizer: mude!
Mude pensamentos, atitudes e ações
Aprenda e se transforme!
Então, a dor ensina
Dor é aprendizagem
Mas, como é difícil mudar  
Aí, que dor!
Tenho muito inda o que aprender!

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)






  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu


Sou uma das três Marias
Sou uma das três "fulô", que Deus mandou...
Filha de Adauto Coelho e Aldenora de Aguiar Coelho
Sou “rapa de tacho”, últimas das filhas Marias
Denominavam-me de “chata”, com mil vontades
Noutras vezes, bagunceira (eu sou mesmo! kkk)
Mas, me defendo dizendo que na minha bagunça, eu me organizo
Eu não perco documentos
Eles apenas “se deslocam” facilmente (kkk)
Sou como a Caatinga, que na heterogeneidade se torna homogênea 
Que das paisagens cinza, basta um chuvisco, para brotar o verde
Sou “praciana” (no sentido de viver e gostar das grandes cidades)
Mas, o campo está no meu interior
Sou gente que já chorou muito, hoje sou sorrisos
Amo viajar e observar tudo ao meu redor
Penso muito e desenho sem pensar...
Vou de vagar na vida...
Sou Hibisco Encarnado, reflexo das flores de minha mãe
Sou Sandra Maria de Aguiar Coelho

(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho, Foto: Sylvia Andréa Coelho Paiva)


domingo, 17 de junho de 2012

Divisão do tempo


A natureza é sábia
Divide o tempo de forma perfeita
Há tempo para tudo
Tempo que as plantas adormecem
O chão frio, cobre-se de branco
Tempo que as flores se abrem
Tempo que terra é molhada pelos céus
Prepara-se para a vida
Tempo que as plantas voltam a crescer
E brota o verde
E a esperança se renova
Com os frutos que nascem
Outro tempo que parece morrer a vida
Mas, no chão, folhas secas e amarelas formam cobertores
Que protege a planta  
São as estações do ano: inverno, primavera, verão e outono
É o tempo da natureza, o ciclo da vida
No Ceará, a natureza é mais sutil
Só percebemos dois tempos:
Dias quentes, onde o sol abrasador envelhece o homem do campo
E dias de chuva, quando a temperatura abranda
E o vento úmido faz levantar da terra, o cheiro molhado de vida   
Aqui, tudo parece ser só verão
Para se perceber outros tempos, no meu Ceará
Necessita abrir os olhos
Se impregnar de sentimentos
E ampliar a visão
Aqui, nossas outras estações
São reações mínimas
Só sentida n’alma  


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



sábado, 16 de junho de 2012

Festa



A vida pode ser uma festa
Com fogos de artifícios
No céu brilhando
A vida pode ser uma festa
Depende de cada um de nós
Depende do nosso olhar sobre as coisas
A vida pode ser uma festa 
Para isto temos que despertar
Dentro de nós mesmo
A sensibilidade e observar a natureza
Sentir o naturalmente belo
E perceber que mesmo
Sendo mais um na multidão
Somos únicos 
Cabe a nós mesmo
Encontrar o caminho da festa
De nossa alegria 


(Texto de Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Elegância

O limiar entre
O sensual e o vulgar
O cômico e o tragico 
É pouco, pouquíssimo
O caminho correto
É a simplicidade
Da vida
O simples se torna  
Elegante

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


domingo, 10 de junho de 2012

Multiplica-se a vida na caatinga



Mesmo em áridos terrenos
Da caatinga cinza
Descansa o verde
Na espera das águas
Bastam gotas de chuva
E noites de orvalho
Para vida se restabelecer
Bastam dias mais amenos
E noites tranquilas
Para brotar o verde 
E o colorido da terra
Para a alegria do povo
Se estampar no rosto
E a esperança se espalhar 
Bastam gotas de chuva
E noites de orvalho
E a vida na caatinga
Se multipica

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quase...

Quase desisto 
De olhar o mundo
O seu odor exala a dor
Dor que fere a alma
Dor que retorce a planta viva
Dor sofrida pela ambição e egoísmo  
Dos ingratos homens
Quase desisto
De viver no mundo
Onde o capitalismo - câncer da humanidade - reina
Quase desisto!
Mas, aí sinto
O toque da flor
O cheiro do amor
O vento no rosto
Abro os olhos e vejo
O colorido da natureza
As cores do mundo
E desisto de desistir do mundo
Percebo que ainda resta
Gotas de virtudes
Em algumas almas humanas
Percebo o despertar natureza
Que do chão brota
Folhas, flores, frutos
Percebo que a natureza, sábia
Encaminha o homem
Para refletir e agir de uma forma melhor
É a esperança que sobrevive.   

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)






quinta-feira, 7 de junho de 2012

A festa vai começar!


Minha gente se prepare
A festa vai começar!
Teremos doces, salgados e bebidas
Bem típicas do meu Ceará
Bolo de milho, de macaxeira e de fubá
Pé de moleque, coisa boa demais 
Feito com carimã, rapadura e com castanha de caju  
Pamonha, canjica e mungunzá
Milho cozido, milho assado e pipocado
Cuscuz, que maravilha! 
Tapioca bem recheadas de carne de sol, queijo e untada de manteiga da terra!
Suco de milho verde e aluá
Bom bocado, cocada, batata doce e broa de fubá
Quebra queijo, quindim e rosquinhas de milho
Ai! Que suspiro!!!
São tantas coisas gostosas
No tempo do São João, Santo Antonio e São Pedro!!!
Que o homem do campo, antes tem que cuidar!
Plantar muito milho, batatas e coco
Além do caju para ter muita castanha!
Por isto, muito trabalho e espantalhos
Sem esquecer o principal:
Pede ajuda para os céus e todos os Santos (Antonio, Pedro e São João)
Para um bom inverno se ter, muita chuva nas plantações
Aí vamos ter muita fartura!!!
Muita festa, forró pé de serra e quadrilhas
Com direito, até o casamento matuto
Nos arraias enfeitadas de bandeirinhas coloridas
Ao som das sanfonas, triângulos, reco-reco e tambores
Homens bem caipira, vestidos com blusa de xadrez e chapéu de palha
Mulheres com roupas rodadas e muitos babados
Eita, nóis!!! Vai ter muitos fogos, foguetes e rojões!!!

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



domingo, 3 de junho de 2012

Nos corredores da vida

Ando lentamente
Por vastos corredores
Percorro longos momentos
Tranquila
Sinto, as vezes, o receio
Mas, sigo em frente
E procuro fazer bem feito
Ando só...
Mas, aí, que de repente
Na minha frente
Surge uma luz
Luz fraca, suave
Que ilumina ternamente minha vida
Na minha vida, agora,
Há um facho de luz
Luz eterna, brilhante, translúcida... 
Nos corredores da vida
Muitas vidas se cruzam e se re-cruzam
Mas, poucos são os que ficam
E neste momento 
Fica em mim
Luz terna de um fim de tarde
Luz serena de uma lua cheia...
O andar nos corredores do mundo 
Nunca se está só
Quando se deixa embriagar 
Pela luz e nas alegrias da vida  


(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Parque Tanguá/Curitiba/Brasil) 










































Mundo


Abraça o mundo
Protege quem lhe abriga
Defende o planeta
Que acolhe sua existência
Que asila em seu seio 
Tantas outros seres
Vigia os que por ganância
Teimam em destruí-lo
Aceita as leis naturais
Respeita a vida 

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 


No mirante de concreto


Pela janela de concreto
Vejo um mar verde de natureza
O homem destrói
Para construir
O mirante de concreto
Faz pensa na preservação
Do naturalmente belo...

(Texto e foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Parque Tanguá/Curitiba/Brasil)

  


Aprendizagens

Caminhos que se unem
Estradas que se percorrem
Vidas que se cruzam
Caminhos que se separam
Estradas que não tem fim
Vidas que se partem
Experiências que ficam
Permanece encravadas n'alma
Aprendizagens que nos tornam 
Mais solidas...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 












Mira espelho

Sol e vida
Lua e morte
Alegria bela
Tristeza infinita
Solidão eterna
VIDA
     MORTE
            SOL
................LUA AUL................mira espelho
            LOS
    ETROM
ADIV

E eu só...
Só?!?!

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)
(Década de 1980)


    









sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fecha



Fecha a porta, forte!
E para coração...
Fecha as lágrimas
E deixa rolar as tristezas pelo chão
Fechou-se o sorriso
De menina
Fechou- se a alegria
De vida
_ Vai! Fecha esta porta de tristeza
E abre seu destino
E deixa invadir
A felicidade
Abre um sorriso cristalino
E um olhar límpido
Pisa firme, vai em frente
E essa porta que se fechou
Logo cicatriza...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho - década de 80)