terça-feira, 24 de abril de 2012

Nas nuvens


Nas nuvens
Pensamentos voam
A respiração se prende
O sentimento se solta
Uma certeza fica
Somos insignificantes
Diante da imensidão da vida
Nas nuvens
Com o distanciamento do solo
Percebemos a delicadeza, profundidade e a essência  
Da existência humana
Somos frágeis, delicados e quebradiços
Somos inconstantes, odiados, amados
Somos nada, somos muitos
Somos simples e complexos, ao mesmo tempo
Nas nuvens
Longe fica a realidade
Mas, é lá 
Que a clareza da vida de revela

(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Foto: Sylvia Andréa Coelho Paiva)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Arte da vida


O indivíduo é único
Feito para viver na coletividade
Há uma interdependência dos seres
A sociedade é necessária e imperativa
Complicado fica em se distanciar dela
Pois nela, o indivíduo cria forças
E muitas vezes, move-se sem perceber
No entanto, o indivíduo é especial
Carrega dentro de si alento singular
Um universo de conhecimentos
Nem sempre manifestado
Viver em sociedade
E respeitar o individual de cada um
É uma arte que se aprimora
A cada reflexão que fazemos



(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 



quinta-feira, 19 de abril de 2012

A busca

É da natureza
Árvore se curva
Ao vento que sopra
Vida que surge
Uma após outra
E todas
Catam-se a luz
Clara fica a mente
E percebem
Falsas ilusões que se seguem
Tudo se registra-se
No corpo de cada árvore
Aprendizagem que se prende
Em busca do crescimento vital


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 






domingo, 15 de abril de 2012

Lata d’água na cabeça


Sofrimento. Falta água
Água de lavar roupas
Água de se lavar
Água de beber...

O homem não está sabendo preservar suas fontes
O sol levou a água
Estorricou o chão
Andam-se léguas e léguas para encontrar
Tão abençoada fonte de vida
Mulheres carregam lata d'água na cabeça
Realidade de muitos, esquecidos do poder público

Sofrimento.
Falta respeito à natureza
Falta consideração aos desfavorecidos
Falta planejamento dos recursos públicos

Sofrimento.
Do povo sertanejo
Que vê sua caatinga se transformar em deserto
O homem, nesta Terra, não é eterno
Mas, há seus filhos e filhos de seus filhos
Que merecem uma herança saudável
Um planeta limpo, purificado, lindo
Mas, falta respeito à natureza, à vida
O sofrimento reflete nos rostos
Das mulheres com suas latas d'água na cabeça

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)  


Tempestade


Tempestade
O céu se transforma rapidamente
Forma círculos de nuvens pesadas,
O tempo se prepara
E chove... chove muito... muito...
Molha a terra, ensopa a terra
E a água arrasta tudo que encontra a frente...
Então tempestade é ruim?!!?
Eu diria que muitas vezes é necessária!
É como um alerta para nossas vidas!
Para valorizar o que realmente importa
Para aqueles que se conscientizam
A tempestade logo vai embora...
Para os outros, ela demora mais um pouco
Mas, o tempo ensina...  

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)







Ao vento, na sombra, na praia

Ao vento
Na sombra
Na praia
Só a música do silêncio
Ou a fina música do pássaro que canta
Esvaziar a mente
Descansar o corpo
E dar uma prega no tempo...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)





quinta-feira, 12 de abril de 2012

O deserto não é deserto


O deserto não é deserto
Há vida em todos os lugares
Há vida em todos os pensamentos
Vida é energia, vida é luz, é cor
O deserto não é deserto
Há sempre vida onde não se percebe
Somos crianças demais para entender isto...
O deserto não é deserto
Há sempre areias coloridas
Há sempre um mar de infinita sabedoria
Ainda somos crianças demais para perceber isto...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)























Ao som da harpa


Ao som da harpa
O passado volta
Lembrar o ponto de partida
É importante
Ao som da harpa
Numa melodia harmoniosa
Feita para agradar a Deus! 



(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)





Vento vem


A vida é um desafio
O vento vem destrói alguns
O vento vem e modela outros do seu jeito
Há aqueles que conseguem florir...
A vida é uma rosa misteriosa
Tornar a vida airosa
É uma luta constante

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Tempo e vida

O tempo que morre _ morre!
E a vida não volta. Volta?!?!
Sentimentos de vazio. Riu
Dar uma volta
Reviravolta
Tirar o véu
Olhar o céu
Deixar a lágrima secar
Renascer. Viver.

(Ano... ?)


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho) 


Na praia


Brincar na praia
Saltar ondas
Fazer castelos de areias
Mergulhar nas águas
Ou simplesmente
Ver o tempo passar
Olhando o mar...


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Ócio produtivo


Muitos falam de férias, eu prefiro falar em ócio produtivo, pois é disto que preciso.
O espírito não precisa de descanso, o corpo necessita. 
O espírito necessita de novos ares, novas visões, novas sensações, novas culturas... para desenvolver sua criatividade, para produzir melhor, e assim, reproduzir seus conhecimentos para a sociedade. 
Quando será que o Estado vai perceber isso? 
Defendo menos horas de trabalho em sala de aula, mais horas de pesquisas.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Transparência


A transparência se faz
Por entre flores
O sorriso se mostra
Quando a felicidade chega

Somos o eterno movimento



Li algo que dizia: "... somos o eterno movimento da vida que segue. (...) O traço característico da existência é a impermanência."
E me pego pensando sobre isto... 

Meus desenhos 
Em suas cores se movimentam
Não permanecem eternos porque se esvai no pensamento
Se prendendo apenas, no contraste das cores no papel...
Meu sentimento é eterno como eterno é a vida
Mas se transforma a medida em que cresço e amadureço
As árvores, as águas... tomam suas formas próprias
Na medida em que o pensamento segue o movimento 
Da razão e do coração...
Sentimentos de vida que se segue 
Numa busca constante de aprendizagem...

Folhas


Folhas de várias cores
Verdes, amarelas, com toque de vermelho
Folhas que refletem a luz, vivas 
Folhas que suaviza o ar
E espalham a vida  

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Sensação de Vida

Quando olho as folhas
No seu desenho
Tenho sensação de vida
É como se estivesse
No final de tarde
Ao por do Sol - espetacular!
E um vento de chuva 
Tipo um redemoinho
Eu sinto
Sensação meio louca! 

(Texto: Germana Pinto)


  • Germana Pinto Quando olho o seu desenho, tenho a sensação de vida....
    É como se estivesse no final de tarde com um por do sol ESPETACULAR e um vento de chuva tipo um redemoinho....
    Uma sensação meio louca ne?
    Mas é assim mesmo!

    9 de Janeiro às 15:45 ·  ·  1

domingo, 8 de abril de 2012

Homem na vida


Uma rosa cai
Na correnteza do rio
É levada pelas águas
Bate nas pedras
Vai para lugares
Que muitas vezes, não quer ir
Corre pelas águas
Corre pelas terras
Vai correndo, vai correndo...
E ao chegar lá
Sente que precisa ir noutro lugar...
Pois, assim é o homem
Que corre na vida
Na correnteza do destino
Em busca de um ideal
E o outro lugar...
Onde será?
O que será?


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Grito de Liberdade


Hoje
A noite é escura
Os homens já não se falam mais
Sentem medo
Outros estão na escuta
Não podem falar o que pensam
Mas, há uma revolta interna
Que mais dia ou menos dia
Virá à tona
E aí, eles serão felizes
Sim, felizes, pois gritaram
Contra as injustiças
Quando a massa
Se levantar – desta submissão –
Haverá um grito de liberdade
E estes pobres homens que ficam
Por detrás do pano
Sofreram
E a grande maioria – massa carente –
Já não precisará
Se esconder na noite escura
Já não precisará ter medo
Haverá, então
Simplicidade
Justiça
Liberdade  

(Texto escrito na década de 1980, próximo ao fim da Ditadura Militar no Brasil) 
(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Brasil, uma ilha verde no mundo

Sandra Maria de Aguiar Coelho

Terra molhada
Mata fechada
Cheiro no ar
Sensações ao vento
Brasil, uma ilha verde no mundo

O homem destrói,
O homem constrói
Modifica o lugar que vive
Transforma o espaço geográfico
Pela ganância, fica sem limites
Desrespeita a ordem simples da vida
Aglomera-se em pequenos espaços
Não se falam e não se felicitam
Perdem-se no tempo, sem tempo
O relógio acelera e tudo fica sem sentido
O capitalismo força o homem a ficar sem esse tempo
Tempo para pensar é um perigo!

Mas, o Brasil ainda é uma ilha verde no mundo
Temos florestas tropicais, subtropicais
Temos agreste, cerrado, caatinga, mangues
Temos tantos verdes, tantas aves e animais
Temos coisas de interior dentro de cada um de nós
Rodas gigantes nas calçadas,
Conversas de “miolo de pote”, jogadas fora
Momentos de interação social
Temos culturas diferenciadas em cada região
Que vão de encontro com a globalização
Temos sorrisos, choros, desejos, esperanças
Temos, ainda, tantas outras coisas singelas dentro de nós...
Afinal, o Brasil ainda é uma ilha verde no mundo  
Ainda temos tempo de repensar a agitação improdutiva do mundo
Porém, o relógio corre rápido!

(Pintura e texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Seiva



Seiva que corre nas artérias da vida
Energia que sustenta o corpo e alma
Substancia divina invisível aos olhos
Mistérios do mundo buscado pela ciência
Alguns revelados, outros, nem tanto...

O principal não é conhecer o inicio
É vivenciar o hoje e reconstruir o amanhã
De forma produtiva
Somente a vida, vivida e refletida
Dar sentido nossa existência
Preenchendo-nos de cores
Encantando-nos dia após dia


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Renovação da vida



Folhas crescem, amadurecem e caem
Folhas morrem, outras folhas nascem
A vida se revigorar a cada dia
Independente de religião ou credo
Sentimos a necessidade intima de renovação
Repensar nossas ações
Diante de nossa a vida
Avaliar nossas atitudes
Frente a outras vidas
Mas, só esta ponderação não é suficiente
A mudança para o bem 
Tem que se instalar, mesmo que lentamente
Pois, é imprescindível para o nosso desenvolvimento como ser
Descobrir nossas falhas é o primeiro passo
Corrigir é fundamental para a reconstrução de nossas vidas




(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Perfídia

Sandra Maria de Aguiar Coelho

Após sonhos estruturados
Pensando ser a dois
Um encontro fortuito
Desmoronou a ilusão vivida
Tal fogo de raiva e ódio
Fez fogueira alta no íntimo
E por longa estação de tempo
A dor e o desanimo se presenciou
A vida ensina: confiança é para poucos
A perfídia sofrida endureceu o coração
O árduo momento se foi
Deixou marcas profundas
Mas, hoje, há esperança e bonança
Eu, calma e fria 
Me pego amando mais a mim, que o outro...

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)





Vida protegida



A mesma sombra que protege
Das intempéries da vida
Inibe o crescimento e desenvolvimento de outra vida
Mas, é chegado o tempo que a vida protegida
Vê-se só, pequena e frágil diante do mundo
Mesmo que a intenção da sombra seja boa, seja mãe
O sofrimento se torna maior diante da fragilidade imposta pela proteção
Neste momento, então, a sábia natureza trás ventos fortes, intensos, violentos
Ventos que abalam a sutil vida e força os confrontos antes evitados
A fina criatura se obriga a ergue-se e afrontar, por si só, os enigmas existenciais
A mimosa cria, nesta ocasião, cresce, desenvolve, se fortalece 
Torna-se, assim, mesmo que tardiamente, robusta e forte diante da própria vida 


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)  

domingo, 1 de abril de 2012

Vontade de não fazer nada


Vontade de não fazer nada
Só olhar o céu, a terra e água
Sentir o vento no rosto e o cheiro de maresia
Deixar passar a vida
Dar uma prega no tempo
Sem noticias do mundo
Vontade de ir à Praia das Fontes
E andar na beira do mar... 


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Refletindo


Refletindo
Vida
Verde
Cidade
Água
Nada
Tudo

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


Quantas cores possuem o mundo?




Quantas cores possuem o mundo?
Ah! Possuem muitas e muitas... 
O mundo é feito de mil cores, mil sabores, mil dores, mil amores

Muitos não percebem sua sutil nuance
Ficam fechados, presos em si mesmo
As cores do mundo são livres e os entretons, delicados
Brilham com o passar do tempo
Refletem no espaço envolvente
Mas, as delicadas das cores do mundo
São para poucos diante da necessidade
Do coração, que deve acompanhar a visão
O imaterial fica além do toque
E o sublime amplia o sentir d'alma
Este é o segredo para ver e experimentar
Todas as cores do mundo


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)