A mesma sombra que protege
Das intempéries da vida
Inibe o crescimento e desenvolvimento
de outra vida
Mas, é chegado o tempo que a vida
protegida
Vê-se só, pequena e frágil diante do
mundo
Mesmo que a intenção da sombra seja
boa, seja mãe
O sofrimento se torna maior diante da
fragilidade imposta pela proteção
Neste momento, então, a sábia natureza
trás ventos fortes, intensos, violentos
Ventos que abalam a sutil vida e força
os confrontos antes evitados
A fina criatura se obriga a ergue-se e
afrontar, por si só, os enigmas existenciais
A mimosa cria, nesta ocasião, cresce, desenvolve, se fortalece
Torna-se, assim, mesmo que tardiamente, robusta e forte diante da própria vida
(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)
(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)