sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Agosto




Fim de Agosto - Inicio do mês da Primavera

Alguns dizem: “que venha agosto, de Deus!”
Outros confessam: “Graças a Deus, acabou agosto!”
Há ainda, aqueles que gostam de agosto,
Por ser a prévia de setembro
“Viver o agosto, pensando no setembro”...
Ah! Setembro! Este, sim! Mês da primavera no Brasil!

No fim do mês de agosto
Começo a pensar...
Mas, de onde mesmo vem agosto?!?!
Com seus 31 dias, tão próximo de julho de 31 dias também...

E vou estudar sobre agosto...
Descubro coisas interessantes
É! Agosto, não vem de desgosto!!!
É homenagem ao grande imperador César Augusto
Que ganhou um mês de 31 dias
Para não ficar em desvantagem com Júlio Cesar (homenageado em julho)
Para as contas darem certo, imagino, “pegaram” um dia de fevereiro...
Mas, pensem! O que esperar de agosto
Quando ele foi palco do nascimento do Imperador Romano Claudio, casado Com Mesalina e envenenado por Agripina
Imperador que veio antes de Nero
Que, dizem, cantava enquanto Roma ardia em fogo?!?!...

Mas, vamos às descobertas do mês de agosto!!! Quantas coisas!
É melhor nos deter em alguns pontos dos agostos do Brasil...
E começamos com o Olho de Boi que circulou entre 1843 e 1844
O Olho de 30 reis saiu de Porto Alegre no dia 31 de agosto
Chegou à província do Espirito Santos no dia 06 de setembro
Hoje, de tanta raridade, quem tiver um Olho deste, muito rico está!
E para comemorar o Dia Nacional do Selo temos o dia 1° de agosto...

Agosto!
Mês que explodiram brigas e paz de Guerra
(Argentina e o Brasil assinaram a paz em pelo reconhecimento da independência da Republica da Banda Oriental do Uruguai – agosto de 1828)
E neste meio tempo, nasce gente e morre gente,
Descobrem-se vacinas e grandes invenções acontecem
Coisas que acontecem no mundo e até chegam aqui
Mudam nosso dia a dia, refazendo nossa história.

Nasce Presidente, como o Ernesto Geisel
Em 3 de agosto de 1907
Nasceu gaúcho de pais alemães
Que mau exemplo deu
Quando alterou em um ano nascimento do filho
Para ser admitido no Colégio Militar
Geisel, foi presidente ditador, com governo marcado de “abertura lenta, segura e gradual à democracia...”
Sei não, viu?!? Será que Geisel queria a democracia?!?!

Pois, então, como já disse nasceu Presidente neste mês
Outros, desistem de ser
Seja por renuncia (Jânio Quadros – 25/08/61)
Seja desistindo da própria vida (Getúlio Vargas – 05/08/54)
E neste mês, até Plutão foi rebaixado para categoria de planeta-anão... Que coisa!
Em agosto, também, temos comemorações
Dia do Soldado (25) em homenagem ao Duque de Caxias
Dia do Advogado (11), Dia do Estudante (11) e até Dia do Padre (04)
Dia do Canhoto (13), Dia do Economista (13) e até do Pensamento (13)
Temos o Dia da Humanidade (4), do Controle da Poluição Industrial (4)
E Dia do Solteiro (15), do Filosofo (16) e da Infância (24)
E temos também, comemorações no Piauí – Teresina nasceu dia 16!
São tantas comemorações que vou dizer
Só mais uma, não posso esquecer!
Dia de 15, Assunção de Nossa Senhora!!! Feriado em Fortaleza!!!

Bom, mais pesquisas podem ter certeza, eu fiz
Mas, não vou me alongar, pois, tenho que lembrar
Dos dizeres de minha mãe
Que feliz comemorava o fim de agosto
Lembrando que amanhã inicia os meses do “br-o-bro”!
(Setembro-Outubro-Novembro-Dezembro)
Depois disto o ano acaba!

Finda agosto, inicia setembro
E a primavera vem chegando...
Com a graça de Deus!

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho. Fonte de Pesquisa: Wikipédia)

P.S.: Mês de comemoração de aniversários de grandes boas amigas: Zoca (8); Yana (10);Germana (20); Maria Alice (20); Vânia (29)

sábado, 25 de agosto de 2012

Ramos de flores azuis




Um olhar amigo
Que nem amigo é
Mas, de um olhar azul profundo
Comparado a ramos de flores azuis
Olhar singelo, meigo, suave
Feito pequenas flores azuis
Para que serve olhos assim?!?
Se no olhar de azul tão intenso
Mergulhei, mas seu olhar desviou meu olhar...
Mas, para que mesmo serve olhos assim?!?
Para encantar o mundo
Para não ser de um
Para ser de muitos amigos...


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Quando escurece o mundo




Há momentos que a vida parece seca
Escurece o mundo
Trava o pensamento
Cerra o coração...
Mas, a vida só esta adormecida
Feito a caatinga em época de seca...
Ninguém consegue alimentar a tristeza para sempre
Assim, ficar triste é ter dois trabalhos
O ficar e o “des-ficar”  
Quando o cansaço de sentir a tristeza chega
O verde volta e das cinza surge vida
Satisfaz então, a alma
De alegria e sorrisos...

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Na luz do luar




Gira mundo, gira rápido
Roda ao som de uma valsa
Circula sob a luz do luar
Seja arena dos amantes
Seja o lugar do sublime, mesmo que efêmero
Seja o palco do poeta
Poeta que adormece a razão e desperta o coração
Poeta que sente o sentido da vida
Enxerga as cores d’alma
No reflexo dos olhos da amada
Gira mundo, gira rápido
Mas, deixa o poeta viver
Seus sonhos, sob o luar...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

sábado, 18 de agosto de 2012

Ventos de agosto



Na calçada que gosto de andar
Aos olhos dos outros
Não é bonita, alguns podem dizer que até é feia
Mas, não para mim
Os meus olhos não olham a realidade
Meus olhos apenas sentem
O infinito no ponto de fuga
Sentem os ventos de agosto...
Os ventos que escapam das dunas lá de longe
Ventos que surgem suaves e úmidos
E tocam meu rosto e embaraçam meus cabelos
Ventos que não permitem a sujeira se acumularem nas coxias
Ventos que mais forte ficam quando chega agosto
Ventos que me fazem voltar ao tempo de criança
Que chego até a visualizar crianças soltando arraias (pipas)
E o céu azul-anil chega a ficar colorido de pontinhos
Que se mexem constantemente ao sabor dos ventos
E na calçada, andando lentamente, ainda consigo ver em minha imaginação
Crianças de pé no chão, rindo e guerrilhando
Com suas arraias puxadas em fios
Que se entrelaçam e depois se soltam
Subindo mais alto, e chegando ao meu coração...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Fazenda Bel Monte


Bateu uma saudade dos tempos que já se foram
E uma vontade de sentir as noites escuras com ventanias
Sentar na calçada alta da Casa Grande
Ouvindo histórias de assombração 
E aventuras do povo do sertão
Chupando cana, rindo um riso solto e alto
Olhando lá do alto, as estrelas...
Saudades de Dona Aldenora
Organizando tudo, com uma lamparina de latão na mão
Para depois sentar numa cadeira de balanço
E embalar seus sonhos, com novas histórias de quando criança...
Saudades maior que tenho
Passa além da Fazenda Bel Monte e chega a minha mãe...

(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho. Foto: Arquivo Família Aguiar Coelho)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cidade viva




Ao meio dia
A cidade viva
Vê vidas que se cruzam
Vê vidas que se dispersam
Os pés dos homens
Esmagam, destroem
A vida livre dos sonhos...
Eu engulo seco
A ânsia do choro
Que me sobe a garganta
Mas, a lágrima presa 
Escapa-me...
Eu soluço por você e por mim...
A dúvida que fica 
É a mesma que se vai
Quando sei que a dor leva à aprendizagem
E a certeza é andarmos rumo ao crescimento
Não importa o tamanho da estrada e da dor...
Não importa se você goste, ou eu goste
O caminho tem que ser percorrido... 
Na cidade
As mesmas vidas
Que hoje se dispersam
Há de um dia
Se cruzarem novamente...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


domingo, 12 de agosto de 2012

Adauto Coelho... saudades




Debaixo do caramanchão
A infância se espalhava em sonhos
Ao lado de nosso pai
A criatividade se multiplicava
Saudades...
De tudo fazia por nós!
Sem recursos financeiros
Vivíamos na riqueza do amor
Brinquedos, tínhamos muitos feitos por nosso pai!
Eram caleidoscópios, piões, arraias, bonequinhos que pulavam acrobaticamente
Carimbos de caroço de abacate ou de batata, petecas de milho, carrinhos de madeira
Corações entrelaçados de fitas de papel fazendo um saquinho e cheios de doces coloridos
Tantas coisas para contar! Tantas!
Ele adorava fazer pasteis, salada de batata com sardinha e maionese caseira... e nós adorávamos comer!
E quando voltava da rua! Perguntávamos logo por presentes!
Presentes, eram pirulitos, bombons (balinhas), doces...
Se ele não tinha, falava que vinha trazendo, mas, pegou uma ladeira (a ladeira de quebra bunda! kkk) e escorregou...
E foram todos os docinhos pelo chão...
Ficávamos tão tristes! Não lembro se por causa dos doces que não chegaram ou se o nosso pai que caíra... 
Ah! E as noites! Noites pra que lhe quero?
Para enchê-las de bichinhos feitos com sombras de mãos e cabeças!
Nossa infância foi embalada em rede
Por histórias de fantasmas contadas em noites escuras
(normalmente faltava energia)
“... e ele do alto da escadaria, no casarão antigo, ouvia o arrastado de correntes... e uma voz perguntava: Cai ou não cai? ... outra voz respondia: Caiiiii.... E o braço dele rolava pelas escadas, até chegar ao chão... e o vento zumbia.... e os meninos que desobedeceram os pais e entram na casa abandonada tremiam, igualzinho a vara verde...”  
Quem não gostava nadinha dessas histórias era Dona Aldenora!
Depois de cada noite sem luz
Suas crias iam dormir com ela tremendo de medo de fantasmas...
A vida se resumia em brincadeiras, alegrias...
Preocupações nossos pais tinham e muitas!
Mas, nós, crianças pouco sabíamos delas
Eles protegeram nossas infâncias!


(Texto: Sandra Maria de Aguiar Coelho; Foto: (?); Imagem: Adauto Coelho)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vontades


Nem todas as vontades
A vida libera
Há sempre aquela
Presa no pensamento
Presa na garganta
Vontades que criam raízes
No íntimo de cada um
Mas, que raramente, não se expõe 
Há vontades n'alma
Que não se expande
Mas, a  natureza é sábia
Por algum motivo
Não temos estas vontades
Na realidade de nossas vidas...



(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

O tempo é eterno



A noite chegou
E me encantou
Com seus mistérios
Com seus desejos...
A escuridão da noite
E me fez ter a certeza
Que o tempo é paciente
Para se corrigir o erro
O tempo é eterno...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)  



Entre fios



A vida vai seguindo
Entre os fios que desfiam o colorido da vida
Entre a harmonia das cores que refletem o brilho do dia
Entre os erros e os acertos
Entre as dúvidas e as certezas
Entre as ilusões e as razões
Entre as paixões e os amores
A vida vai seguindo
Numa aprendizagem sem fim...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)








Toque que toque a alma


Um toque pode ser o suficiente
Para expandir a alegria
E sair da tristeza
Um toque pode ser o bastante
Para desistir do mergulho
Um toque que toque a alma
É o suficiente 
Para não se temer a escuridão
E enfrentar o dia....




(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)