Quase desisto
De olhar o mundo
O seu odor exala a dor
Dor que fere a alma
Dor que retorce a planta viva
Dor sofrida pela ambição e egoísmo
Dos ingratos homens
Quase desisto
De viver no mundo
Onde o capitalismo - câncer da humanidade - reina
Quase desisto!
Mas, aí sinto
O toque da flor
O cheiro do amor
O vento no rosto
Abro os olhos e vejo
O colorido da natureza
As cores do mundo
E desisto de desistir do mundo
Percebo que ainda resta
Gotas de virtudes
Em algumas almas humanas
Percebo o despertar natureza
Que do chão brota
Folhas, flores, frutos
Percebo que a natureza, sábia
Encaminha o homem
Para refletir e agir de uma forma melhor
É a esperança que sobrevive.
(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)