Se me tiram o horizonte
Se me tiram o chão
Se me tiram o ponto de fuga
Só me resta o agora
Numa visão distorcida do todo
Se se pensa em conhecer o mundo
Não fica mudo
Não se deixe cegar
Tenha ao seu alcance de visão o horizonte
Mantenha o ponto de fuga em perspectiva
E mesmo com os sonhos
Permaneça fixo ao chão
Observe todos os lados
Aprecie o tempo
Cheire o vento
Mas, não esqueça
Do mergulho interno
Que vasculha a alma...
(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)