domingo, 29 de julho de 2012

Limpeza d'alma



E me perguntaram
"Que história é essa do desenho engolir o tempo?!?"
Então, agora respondo:
O desenho faz mais do que isto...
O desenho engole o tempo
Devora a frustração, insegurança, decepção
Consome toda a raiva, amargura, desgosto
Traga toda a solidão
Limpa a alma e a tristeza ociosa
Explode de alegria a vida
Canaliza tudo de ruim
Que machuca a alma
Em arte!


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Asa de Borboleta

Já que todos estão especulando
Se você deixar, direi
Não vou te enganar
É a asa de uma borboleta
Que resolveu voar,
Nervuras de sua frágil vida
Em cores e transparências, a encantar
Indo de encontro ao sol
Sem medo, a bailar.

(Texto de Sônia Maria de Aguiar Coelho)


O que disseram sobre minha pintura:



sábado, 28 de julho de 2012

O desenho engole o tempo


Um papel em branco
Alguns lápis de cores
Um pensamento vazio
E a mão desliza rapidamente
Os rabiscos aparecem
Sem preocupação do seu conjunto
Surgem retas e curvas
Lentamente  desenho aparece
Ao meio de um exercício de paciência
Que o tempo nem parece se importar
Folhas se abrem entre balanços do vento
Folhas entre cores se formam
E o desenho engole o tempo
E o tempo já passou
Deixando suas marcas em forma de desenho...


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)







quinta-feira, 26 de julho de 2012

Conselho




E chegou o dia
E ela conversando com ele, suplicou:
“Dia claro e quente
Deixa-me saborear seu sorriso e alegria”
E o Dia disse:  
“A noite já lhe respondeu e eu reafirmo
O sabor do sorriso e da alegria
Só sente o seu Senhor...”
E continuou o dia:
“... com a lúcidez e a limpidez do meu Sol
Aconselho a se olhar no espelho
Veja que meu brilho já repousar nos seus cabelos
E meus reflexos em seu corpo
Veja que o céu é claro
E ainda, digo: o sorriso e alegria
Nunca morreu no seu coração
Só falta se consolidar
Em sua face...”  


(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)



Prisioneira




E ela na escuridão
Conversou com a Noite
Suplicando, disse:
“Noite, prisioneira do dia
Liberta minha alma
Deixa-me viver
Tranquila
Deixa-me sentir
O vento embalar meus cabelos
Devolve-me o sorriso e a alegria...”
E a noite, num breu pulsante, respondeu:
“Não importa se sou eu, ou se é o dia
Só quem aprisiona o sorriso e a alegria
É seu próprio dono...”

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)





domingo, 22 de julho de 2012

Flores



Hoje as flores são para mim!
Pintei cada uma delas
Materializando meu desejo
Que meus familiares amados
E meus amigos queridos
Junto a mim
Sejamos felizes!

Em 22 de julho de 2012

(Texto e Pintura: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


Brincadeiras



No passado recente
Brincar era coisa simples
Bastava ser criança
E a imaginação corria solta...
Com uma boneca se inventava várias histórias
Noutras vezes, íamos para a calçada
Esconde-esconde, pega-pega, queimada
Amarelinha, Elástico, cantigas de roda, pião
Soltar arraia (pipa, papagaio), cantar ou jogar bola...
Hoje, é menos imaginação...
A tecnologia é que manda!
Tantos aparelhos, tantos jogos eletrônicos!
Sem falar que criança hoje tem poucos anos
Ser criança acaba mais cedo
Verdade, verdadeira!  
Logo, as meninas põem salto alto e maquiagem
E os meninos largam as brincadeiras de rua
E jogam nos games, onde a violência comanda!
... saudades que eu sinto
Que muitos, hoje, não sabem o que é...

(Texto e Desenho no paint: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mulher



P.S.: Agradeço a Sônia Maria de Aguiar Coelho, minha irmão, por ter guardado meu desenho por 28 anos! O que dei de presente, recebi em dobro! 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As cores das arvores


Desenhei e pintei
As arvores da minha vida
Ora, vermelho, paixão
Noutras vezes, negro luto
Ou ainda, azul e violeta, friezas da vida
Até chegar ao verde, esperança...
Desenhei e pintei
Minhas  arvores de várias cores
Cheguei, então, a uma conclusão
Sou responsável pelas cores
Que pinto, nas arvores de minha vida
Daí, decidi, em uma só arvore
Pintar todas as cores em harmonia
Sem esquecer nenhuma delas
Seja  o vermelho, o preto, azul ou verde
Todas as cores, agora eu quero 
Para minha vida
Pois, elas marcam experiências e aprendizagem
Da minha vida


(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)




Esperança


No fim dos tempos da frieza
Cansei dos azuis e violetas
Se prestarem atenção,
Os verdes já se faziam notar...
Foi então, que desenhei e pintei
Minha arvore da vida
Nos mais variados verdes
Eram verdes e amarelos
Era brilho e claridade
Que reluziam até o infinito
E se espalhavam no espaço
Tudo se transformavam
Na realidade, a esperança
Sempre esteve ali
Com o sorriso estampado
Adormeceu, em mim, o tempo sofrido...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Fria




Chorei, chorei e chorei...
E as lagrimas do lado nego da vida
Secaram
Eu emudeci
Aí, desenhei e pintei
A arvore da vida
De azul e violeta
Em todos os entretons...
Tornei-me fria
Exatamente como as cores que pintei
As dores do mundo, não me tocavam
Nem minhas próprias dores, eu sentia
E vaguei pela vida
Dando “uma prega no tempo”
Pessoas, para mim,
Tornaram sem graças
Tanto fazia se vinham ou se iam
Tanto fazia se eu vinha ou ia...
Queria apenas ficar quieta
Anestesiada, parada, estacionada
O sorriso morria em mim...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)


Tudo negro

Quando a arvore da paixão morreu
Desenhei e pintei outra arvore
Tirei as luzes das cores
O brilho sumiu
Fechei a vida
Fiquei de luto
Pessoas se revelaram sórdidas
Tudo se entristeceu
Sentimentos de amargura, de angustia
De agonia, desespero e desgosto se misturaram
Tudo virou preto, cinza, chumbo
Tudo denso e pesado
Morreu dentro de mim
A fagulha da paixão
Combustível da vida
Sentimentos de vazio se instalaram
Nada servia
Nada tinha gosto, sabor
O tempo que parecia não passar
Passou lentamente
Mas, passou...
Tudo passa
Nada é eterno
Mas, de tudo fica aprendizagem....

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

Paixão




Desenhei e pintei
Minha arvore de vermelho
Vermelho sangue com todas suas nuances
Os tons dançaram...
Eram os  ruivos, rubros fortes, violetas, amarelos  e laranjas...
Vida quente que se formava
Como quente, eram as cores.
Arvore da vida de paixão
Arvore que só o sorriso não bastava
Tinha que haver as gargalhadas e o fogo
O palpitar forte do coração
Era uma arvore de iras, mentiras  e ilusões
Sentimentos que oscilava entre o forte e o frágil
Sentimentos de aparências...
Quando o vento balançou seus galhos
E o tempo não resistiu
A arvore da minha  vida de paixão se esvaiu
A arvore encarnada, linda,  viva e efêmera
Morreu...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

terça-feira, 17 de julho de 2012

A jangada e o jangadeiro


E a jangada está partindo
Lentamente invade o mar
Embarcação singular e forte
Que enfrenta ventos
Com sua pueril vela triangular encurvada
Que rodopia em seu mastro
Permite saborear o ar
E assim, navegar
Graciosa e singela
Pelos mares sem fim...


Mas, de quantos paus se faz uma jangada?
Com seis paus se faz uma jangada
Com pares de iguais tamanho
Dizem ser "meios", "mimburas" e "bordos"
Tudo muito bem arrojado e unido...


E lá vai a embarcação
Abrigando até cinco homens
Que buscam o sustento da família
Que respeitam a natureza e os ventos
Acatam a regência das mares e correntes 
E tem a Lua como companheira....


O jangadeiro, maestro da jangada
Tem ricos saberes
Aprendizagem e histórias
Que o mar de Deus, deu... 


Hoje, ainda, vemos jangadas
No nordeste do Brasil 
Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí
Navegando contra os ventos
Com tantos encantos e beleza
Vai vencendo as batalhas nos mares
Enfrentando tormentas e calmarias
E no retorno a terra
Agradecendo a vida e o alimento colhido...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)

domingo, 15 de julho de 2012

Eu me curvo...



Eu me curvo diante da vontade do Divino
Sabendo que a injustiça é dos homens, e não de Deus
Sabendo que aqui, não existe perfeição, erramos
Mas, temos a obrigação de um dia, reparar nossas falhas
Eu me curvo diante da vontade do Ser Superior
Sabendo que muito pouco entendo, minha visão é limitada
Eu me curvo diante da vontade do Onipotente
Sabendo que nossa vida é uma maquina sofisticada, mas delicada
Que nosso tempo na Terra é pequeno
Mas, o suficiente para aprendermos, de alguma forma...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)  

sábado, 14 de julho de 2012

Gatos


Gatos mansos, ariscos,
Gatos, nós temos muitos
Pequenos ou de médio porte
De pedigree ou de rua
Angorá, Siamês, Pelo Curto Brasileiro...
De pelo curto, ou pelo longo...
De várias origens
Reino Unido, França, Estados Unidos,
Tailândia, Turquia, Canadá, Brasil...

O felino gato é bem antigo, vieram
Da antiga África subsaariana até o Egito
E se espalhou pelo mundo

Há os gatos que ainda são selvagens e os domesticados     Gatos são os companheiros do homem
Todos com personalidade independente e curiosa
Difícil é ter só um 

Divertidos, amáveis, manhosos, inteligentes
São capazes de sentir e transmitir emoção
Eles acalmam nossa alma...

Dizem por aí: "Quem não gosta de gatos, cria ratos"
No passado, o gato combatia os roedores
Na defesa da produção armazenada de grãos
Hoje, defende o homem da solidão

A história mostra a veneração
Do povo egípcio pelos gatos
No passado, viajante seria punido se o traficasse
Quem matasse, seria morto
Até trajes de luto seu dono usaria

Penso, hoje, quem maltrata um gato
Maltrata um espírito amigo
Quem prejudica um gato, atinge  a si próprio
Penso, ainda, que ter gatos e ter gatos pretos
É ter a sorte instalada em casa
Mal olhado não chega perto
Espanta qualquer gente ruim

Com audição e visão aguçada
Tudo ouve e tudo enxerga
Escuta até mais que um cão
Seu andar e seu alongamento
É quase uma dança, tamanha perfeição
De músculos e ritmos em busca do movimento perfeito
Exemplo para o homem que deveria aprender
"Se cair, se mexa, se remexa, se vire, mas, caia em pé"

De água, poucos gostam
Mas, muito higiênico eles são
Se lambem, se lambem sempre
Ficam muito mais limpo, que muitos!

Costumam dizer que meus gatos não falam
Porque não querem, aí inventam
Diferentes miados, ronronares, bufos e gritos
Gestos e tri-gestos, formando várias linguagens corporais
Eles gostam de vê a gente desvendar tudo o que querem

Quando, com muito medo
Meus gatos ficam todo ouriçado
Seus pelos arrepiam
suas garras são expostas
Seus dentes ficam a mostra
E seu miado é ameaçador
Atacam ou se acalmam
Dependendo da ocasião

Seus bigodes, muito lindo
Ajudam na navegação e no tato
Dando um equilíbrio necessário
Para se deslocar por onde quiser

Gatos são seletivos e exigentes
Têm paladar aguçado
Distingue facilmente odores e sabores
Não gostam de doces
Mas, adoram uma gordurinha
Que não podemos lhe dar
"Pois, fígado de gato, é uma merdinha"

Correm, brincam, pulam
Se não dormem, se divertem
Tem horas, que até tenho inveja
De meus queridos felinos
Pois, quanto mais comem, dormem e engordam
Mais indo e gostoso ficam!

Os meus gatos são muitos
Todos com nomes lindos!
Alguns já se foram, mas, no meu coração ainda ficam
Tenho gatos de todas as cores
Gatos brancos, bege, tricolor
Gato preto, preto e branco (vaquinha)
Gato cinza e misturado
São tantos lindos gatos!
Mas, nenhum comprado, todos ganhos ou encontrados
Cada um com sua história
Cada um muito amado!  


(Texto e Foto: Sandra Maria de Aguiar Coelho)
 Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gato, em 14/07/2012