quarta-feira, 18 de julho de 2012

Fria




Chorei, chorei e chorei...
E as lagrimas do lado nego da vida
Secaram
Eu emudeci
Aí, desenhei e pintei
A arvore da vida
De azul e violeta
Em todos os entretons...
Tornei-me fria
Exatamente como as cores que pintei
As dores do mundo, não me tocavam
Nem minhas próprias dores, eu sentia
E vaguei pela vida
Dando “uma prega no tempo”
Pessoas, para mim,
Tornaram sem graças
Tanto fazia se vinham ou se iam
Tanto fazia se eu vinha ou ia...
Queria apenas ficar quieta
Anestesiada, parada, estacionada
O sorriso morria em mim...

(Texto e Desenho: Sandra Maria de Aguiar Coelho)